Membros do Mister Colibri terão sigilos fiscais quebrados
Autoridades acreditam em rombo de mais de R$ 80 milhões
A Justiça Estadual de Minas Gerais acatou o pedido da Polícia Federal de Juiz de Fora, na Zona da Mata, de quebra dos sigilos fiscal e bancário de dez representantes legais (entre pessoas físicas e jurídicas) da Omnia Serviços Publicitários e Representações - nome empresarial da Mister Colibri, empresa com sede em Fortaleza, no Ceará.
A PF também solicitou dados da movimentação financeira dos investigados ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão ligado aos Ministérios da Fazenda e da Justiça e que existe para combater crimes de lavagem de dinheiro. Os dados da Coaf possibilitam detectar ações como a ocultação e transferência de bens para "laranjas" e o envio de recursos para paraísos fiscais.
Os responsáveis legais pela Mister Colibri estão sendo investigados por suspeitas de estelionato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, crime contra a economia popular e contra as relações de consumo. Somadas, as penas chegam a 15 anos de prisão. As investigações estão sendo realizadas conjuntamente pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pela Polícia Civil e, até o momento, nenhum dos suspeitos foi indiciado.
As ações contra a Mister Colibri começaram quando a Polícia Civil de Juiz de Fora cumpriu, no começo da semana passada, três mandados de busca a apreensão em escritórios de pessoas ligadas à empresa. Foram encontrados artigos de luxo, sem nota fiscal, e documentos, que estão sendo periciados. A ação foi motivada pelas denúncias de associados que acusaram a Mister Colibri de golpe de pirâmide financeira. Segundo dados da própria empresa, são mais de 130 mil membros em todo o pais e, se as suspeitas da Polícia se confirmarem, o rombo deve superar R$ 80 milhões.
No momento, uma das principais preocupações da polícia é ter agilidade na análise dos dados para convocar os representantes da Mister Colibri para depoimentos e pedir o bloqueio de bens dos investigados. Segundo o delegado Humberto Brandão, que preside o inquérito, os dados solicitados devem chegar dentro dos próximos 30 dias. Ainda de acordo com o delegado, na medida em que os dados forem envolvendo pessoas de outros Estados, novas unidades da Polícia Federal e do Ministério Público serão acionadas.
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